segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O lendário post de Persona 2


Esse post tá bem atrasado hein? Tipo, pra caralho. Eu lembro de estar apagando os posts velhos e com menor qualidade pra "rebootar" essa bagaça e aí eu me deparei com um post de update em 2016 onde eu disse que eu tava pretendendo fazer um post de primeiras impressões jogando P2, long story short, eu perdi o save e enrolei até agora pra retomar, é.

Mas dessa vez vai ser diferente! Porque isso não é um post de primeiras impressões, eu zerei o jogo a umas 8 horas atrás(terminei de escrever isso umas 4 horas depois e agora foi a 12 horas atrás!!!1) e aí fui dormir (depois de uma conversa sobre como lixões são associados com sonhos em jogos japoneses) porque eu tinha virado a noite jogando, já que o final boss desse treco não é lá o que eu chamaria de um passeio no parque.

E bem, no início esse jogo foi uma experiência bem interessante. Eu não jogo algo legitimamente a uns meses, e eu realmente não tava esperando que a próxima coisa que ia conseguir me prender até eu zerar seria um fodendo JRPG, já que eu quase não tenho vontade de jogar esse gênero a essa altura.
Mas felizmente com esse jogo foi diferente, ao menos na maior parte do tempo.

E bem, também vale ressaltar que a versão que eu joguei foi o remake de PSP, caso isso já não fosse meio óbvio.

Gameplay memes
(Usando um wallpaper random de transição porque realmente não tem muitas imagens desse jogo com boa qualidade por aí)

Sabe, algumas pessoas não jogam isso dizendo que esse jogo é datado pra caralho, o que eu discordo um tanto, porém realmente existem uns aspectos negativos aqui que afastariam bastante gente, embora não seja sempre, tinha umas partes onde o que você tem que fazer pra progredir não é muito intuitivo, e o fato das dungeons serem bem labirinticas e com uma encounter rate bem fodinha realmente não ajuda. Ou então o combate ser um tanto lento no começo. Eu confesso que embora eu estivesse empolgado pra prosseguir com a história, muitas vezes eu me dei uma forçada a parar por um tempinho porque eu tava de saco cheio com umas dungeons, não por serem difíceis, mas por serem bem fodinhas de navegar. Porém eu não acho que isso seja um aspecto da época, já que essa estrutura é até que bem diferentinha de outras coisas que eu vi, oque faz sentido já que até onde eu saiba SMT quase sempre tinha essa filosofia de dungeons labirinticas(Inclusive o próprio Persona 1 é em primeira pessoa igual diversos SMT justamente pra enfatizar isso). Mas sendo datado ou não, isso é bem foda mesmo e acho que ninguém estaria muito feliz em ter que experienciar isso, realmente não é legal você andar pra caralho, chegar num beco que tem um baú, vir um bicho do mesmo e depois tu ter que voltar o beco todo pra trilhar outro rumo, assim como não é legal tile sets que drenam seu SP brotarem DO NADA e te fuderem. Eu entendo penalizar os players por não prestarem atenção no ambiente, mas punir eles por simplesmente explorarem ele é foda. Eu não sou muito de explorar dungeons, já que não é a minha praia, mas de qualquer modo eu ainda acabava me fudendo porque você não sabe qual caminho vai te fazer progredir de fato, o jogo tem até o hábito de colocar escadas só pra te trollar, já que elas te levam a um andar fechado sem nada, e como eu disse, eu não sou o cara de explorar dungeons e por isso eu sinto que isso não me incomodou tanto quanto isso deveria ter incomodado(Já que uns amigos disseram que ameaçaram droppar o jogo em inúmeras ocasiões por isso), inclusive me disseram que eu tava sendo bonzinho demais em relação a esse problema. Eu tive uma baita sorte, admito, em muitas dungeons eu convenientemente tava trilhando o caminho certo quase que o tempo todo, Giga Macho foi assim, eu simplesmente fui andando e cheguei no final bem rapidinho, é uma dungeon curtinha mas eu imagino que seguir um caminho pra chegar num beco não seria muito daora pra ninguém, meu amigo que gosta de explorar dungeons teve uma experiência MUITO pior em relação a isso tudo, e eu nem consigo imaginar como foi.

E bem, quanto ao Battle System, não tem nada fudido com ele. É o que você esperaria de um JRPG dessa época, um RPG por turnos, com random encounters e yada yada. No início o Battle System não tava me divertindo, mas eu imagino que seja comum isso, principalmente considerando que eu sou biased em relação a combate por turno, já que é algo que eu desgosto um tanto. Você tem magias pra usar com os Personas e pá, e a questão é que os inimigos na grande maioria do tempo vão vir em hordas, no início era bem chato lidar com os encontros porque as magias iniciais só atingiam um inimigo, e eventualmente só um grupo de inimigos da mesma espécie(que embora seja útil não tava ajudando muito contra as hordas mais complexas) porém eu acabei contornando isso de boa simplesmente prestando atenção nas skills em si e criando uns Fusion Spells, já que muitos atingem todos os inimigos na tela. Ao menos comigo foi bem de boa sair experimentando e descobrindo coisa nova, e de qualquer forma, como já deu pra ver, a uma certa altura do jogo você só vai estar atropelando absolutamente tudo com Fusion Spells, que como o nome diz, é fundir duas magias ou mais pra soltar uma nova bem fodona, essencialmente um super ataque com o super poder do super trabalho em equipe, que depois que você domina fica bem satisfatório de usar e atropelar o jogo.

E falando em Fusion Spells, eu realmente gosto como a gameplay desse jogo complementa a história, já que até coisas tipo Fusion Spells, são tematicamente coerentes, já que esse jogo brilha justamente no desenvolvimento dos personagens e na química de cada um.

E bem, a negociação com demônios eu acho bem foda de qualquer modo. Acontece é que segundo o Core esse é o RPG demoníaco tipo Undertale. E então você pode interagir com os inimigos, fazendo besteira tipo cantar e dançar, ou legitimamente tentar conversar feito gente. Cada interação vai subir um ponto pro humor dele, as interações podem deixar ele bravo, interessado, com medo, ou alegre. E quando uma barra de humor é completada eles agem de acordo, e outro detalhe bem foda é que algumas interações garantem um ponto pra duas barras ao mesmo tempo, e dependendo das duas que se completam, podem vir outros efeitos, eu fiquei MUITO surpreso quando eu deixei um demônio assustado e interessado simultaneamente, e isso fez com que ele jurasse lealdade a mim com medo de que eu matasse ele ou algo assim, e com isso ele agiu como um aliado da minha party durante a batalha toda. Isso só aconteceu UMA vez, e provavelmente muitas pessoas jogaram o jogo todo sem fazer isso acontecer, mas apesar de raro, isso tá no jogo, e isso é muito foda.

Eu amei essa parte, pra caralho. Descobrir o que o demônio gosta em muitas ocasiões é um saco, já teve uma situação onde um demônio me perguntou se eu achava ele fofo, as respostas pra isso consistem em: "Você é fofo","Você parece uma bunda" e "Você é nojento". Em todas as três alternativas deixaram ele bravo, eu imaginei que talvez a resposta fosse variar dependendo do contexto, mas aí eu resolvi só dar save state pra ver, e todas as 3 deixam ele bravo mesmo. Mas tirando esse tipo de instância, negociar com os demônios é bem divertido. Todo personagem tem 4 ações únicas, o Michel é otome rockeira então ele pode cantar, a Yukino pode simplesmente xingar e socar o bicho (oque por incrível que pareça funciona em muitos demônios), e o Tatsuya fode escapamento de moto então ele pode... imitar o barulho de um motor com perfeição..?
Well, ok então.

E esses foram só uns exemplos, dentro das várias interações que tem, com cada partu member tendo 4 individuais e uma especial pra uma dupla ou trio específico que você forme. Eu realmente gosto o quanto essas coisas nos mostram mais sobre os personagens, uma coisa sobre o Michel é que ele quer ser uma estrela do rock, mas o pai dele não aprova isso e quer que ele continue o negócio de Sushi da família, o Michel tem um puta medo do pai dele porque o pai dele é um lutador fudido de artes marciais. E o que isso tem a ver com interagir com demônios? Você me pergunta. O que tem a ver é que o Michel tem uma ação chamada "Take Control", que seria essencialmente demonstrar dominância, enquanto muitos fariam T pose, o Michel senta no chão, toca um instrumento chinês genérico e ele começa a xingar o inimigo bem puto. Uns amigos meus admitiram que não perceberam, mas o lance aqui é que o Michel tá imitando o pai dele, ele tenta mostrar dominância imitando a única figura que realmente tem autoridade na vida dele, é um detalhe bem pequeno e ele já diz até que bastante sobre o personagem, e eu amo isso.

E também, você pode fazer os protagonistas formarem duplas ou trios pra interagir com os demônios, e isso gera interações diferentes baseadas na química dos personagens, tanto que se você fizer isso, o jogo vai te dar uma breve descrição sobre o relacionamento deles, e sinceramente isso é genial, e complementa MUITO bem a história, já que o desenvolvimento dos personagens fica muito evidente através disso, foi muito bom ver o Michel e a Ginko que simplesmente brigavam na frente do inimigo evoluirem pra uma dinâmica de "kk faz isso daí, DUVIDO"

E assim como isso complementa muito bem a história, o oposto também é válido. Existem umas perguntas nesse jogo que por mais mundanas que pareçam, fazem uma baita diferença, eu lembro que eu tava simplesmente caminhando pela Kasugayama High e eu vi a party toda parada numa sala, e naturalmente eu conversei com eles. O Michel disse que ele é o cara mais famoso da escola dele(Kasugayama High), e que eu era o cara mais famoso da minha(Seven Sisters Highschool ou Sevens), e então ele perguntou qual de nós era o melhor, nessa altura eu já tava gostando bastante do Michel então naturalmente eu disse que eu era o melhor entre nós.

Que foi? Tava esperando algo diferente?

Enfim, surpreendentemente essa pergunta besta mudou completamente a dinâmica dos dois, e quando eu fui selecionar ambos pra interagir com os demônios a descrição da química deles mudou pra "In a rivalry to see who is a better man" e isso me deixou bem surpreso, um amigo meu inclusive me disse que se eu tivesse sido humilde, eventualmente daria pra criar uma banda pra tocar pros demônios.

Isso é muito foda, e embora pareça bem estúpido por eu simplesmente só estar falando, detalhes assim enriquecem bastante a experiência. Eu realmente gosto de ver o zelo colocado nesse jogo.

A mecânica de trocar de Personas eu por incrível que pareça não usei muito, eu só devo ter feito uns 4 no jogo todo, já que vira e mexe o jogo te recompensa com Personas novos por tomar certas atitudes durante o gameplay, e muitos desses Personas são de fato muito úteis, e podem fazer o jogo ser mais facilmente atropelado, se você maximizar Dex, ninguém vai te parar, mas de qualquer forma, Fusion Spells são mais importantes que os Personas em si. Principalmente considerando que existem muitos Personas que parece que só tem stats e magias aleatórias, Personas que são atacantes físicos parecem ser os que mais sofrem dessa síndrome aí.

Uma parte da gameplay que eu achei interessante foi a parte de espalhar rumores, eu acho legal como isso é tematicamente relevante, considerando que um dos principais plot points da história do jogo é que rumores se tornam realidade. E com isso você pode espalhar uns rumores que te beneficiem, tipo dizer que tal restaurante secretamente vende equipamentos, como armas ou armaduras. E dependendo de como você lidar com isso, você tem modos de se equipar de forma eficiente, ou então de forma mais barata caso você seja pão duro como eu.

A gameplay desse jogo tem uns erros e acertos, apesar dela não ser de fato ruim eu acho ela o aspecto mais fraco do jogo. Mas de qualquer forma, com a devida paciência ela é de boa, mas a primeira jogatina realmente pode ser uma experiência desagradável no começo.

OST e Gráficos

Eu tava escrevendo isso e aí eu percebi que não valia a pena eu separar essas duas partes em duas bem pequenas, então vai junto mesmo.

Sabe, a OST de Persona 3-5 faz bastante sucesso entre a garotada, e com razão. Ao menos das OSTs que eu escutei, todas tinham um estilo em comum, é bem daora como a OST de P3 é mais funky, a de P4 é mais pop, e a de P5(que é a que eu mais gosto dentre esses) é mais jazzy. Eu gosto bastante da ideia de uma OST inteira tentar incorporar aspectos de algum estilo em específico em toda música do jogo, céus, Mega Man ZX/ZXA faz isso e é uma das minhas OSTs favoritas de todas.

Mas sabe o que também funciona? Uma OST BEM diversificada, e esse jogo tem exatamente isso.

As OST's que eu ouvi quando eu joguei isso em 2016 ainda tavam frescas na minha memória e eu ainda me pegava voltando pra revisitar elas, mesmo que eu não tivesse feito isso com o jogo em si. Esse jogo tem tudo quanto é OST, tem as frenéticas e agitadas, as mais jazzy, as mais serenas, as mais melancólicas, as mais bizarras e por aí vai. E não, eu não tô dizendo isso só por falar, e justamente pra ilustrar o meu ponto eu vou te mostrar essa OST e essa outra OST aqui, relaxa que não precisa nem de 15 segundos pra reparar no contraste, enjoy.

Uma é um hip hip fudido, com samples pra caralho, sejam de vozes ou sirenes, ou até mesmo de LATIDOS DE CACHORROS, sendo algo extremamente caótico porém charmoso e ainda por cima soando de forma agradável.

E outra é uma melodia calma e serena, que acompanha muito bem esse começo mais lento do jogo, e criando uma atmosfera bem daora pra escola. Isso que a Seven Sisters é só uma das escolas do jogo, o tema dela diverge ABSURDAMENTE do tema da outra escola no jogo, que é a Kasugayama Highschool, que eu vou linkar aqui também. A OST desse jogo realmente consegue transmitir um tom apropriado pra ocasião escolhida, os últimos 20 minutos de jogo foram especialmente marcantes pra mim por causa de cada uma daquelas OST's.

Eu adoro como o tema de um super mercado é um jingle bem escroto e viciante, eu adoro como o tema da Ginko tem uma melodia chinesa bem catchy e por algum motivo tem samples de miados de gatos, eu adoro como o tema dos nazistas(sim) tem vocais em alemão, eu adoro como o tema que toca quando algo bobo acontece não tem vergonha nenhuma de ser tosco e cartoonizado, com SFXs toscos e tudo mais, sério, esse tema aqui é foda(esse vídeo cita ela como o tema do Michel mas ela não é, eu realmente não sei de onde o uploader tirou isso).

Sério existem muitas coisas fodas nessa OST, desde motifs compartilhados até uns remixes fodas pra situação, eu adoro como os personagens tem os seus próprios temas(exceto o Michel por alguma razão) e também tem uma versão triste dos mesmos. Tem até umas tracks que eu admito que são desnecessárias mas ainda assim os caras se deram o trabalho de compor, já que tem muitas tracks completas que você mal ouvir no gameplay(como a do Taurus Temple). Eu também amo como o mapa da Sumaru City tem uma melodia catchy pra caralho e eventualmente essa mesma melodia é corrompida depois de um certo evento, parecendo uma música completamente diferente porém retendo o mesmo motif. Sério, tem muita coisa boa nessa OST, ela é bem diversificada e isso ajuda MUITO a criar um tom específico pra certas partes, e acho que isso é acompanhado muito bem pelo fato da maior parte das dungeons serem lugare públicos como boates ou shoppings, isso acaba fazendo com que toda parte da cidade tenha uma atmosfera legal,  eu mesmo duvido muito que a Giga Macho por exemplo seria uma loja tão memorável se não tivesse aquele tema, ou se a Kasugayama High iria conseguir transmitir tanta energia assim.

Eu tenho um baita tesão quando OST's usam leitmotifs ou então fazem remixes fodas, então a OST desse treco é realmente um prato cheio. E eu tenho certeza que é algo que eu vou revisitar de novo e de novo.

E bem, isso aqui é um spoiler então vou censurar, seleciona o texto aí se quiser ler: Eu lembro que quando cheguei na Caracol e começou a aparecer aquele fantasma do Jun e a OST dele era um remix foda do tema do  Joker eu admito que esbocei um sorriso.        

Uma coisa curiosa sobre esse jogo é que ele tem dublagem, e bem, eu joguei com a dublagem americana e ela é surpreendentemente legal, embora tenham umas vozes que não combinem muito, eu realmente amo as que caíram feito uma luva, como a do Michel e a da Maya.

E bem, os gráficos são bem daorinhas também, não tem nada estupidamente incrível, são só legais mesmo. Normalmente eu torço um tanto o olho pra jogos que mesclam 2D com 3D, mas esse jogo conseguiu fazer isso de forma bem satisfatória. A UI não é nada fudida igual Persona 5 ou algo assim, ela é o exato oposto, é simples e direta, pode até ser vista como genérica até. Mas de qualquer modo, eu imagino que isso seja o melhor pra esse jogo mesmo, da pra ver pelas artes promocionais que o jogo tenta ser meio discreto, é só ver a própria tela título ou as imagens que eu usei nesse post, um vermelho escuro engolindo tudo. Não é extraordinário de fato, mas é bem melancólico, e eu imagino que esse seja o ponto mesmo, embora o jogo em si não deixe de ser bem colorido.

Eu gosto bastante de uns designs também, tipo o do Michel ou o do Joker-- Não, não esse, tô falando desse aqui. Num geral o design dos personagens são legais, apesar de simples, a única personagem que eu diria que tem um design mais detalhado é a Maya, mas isso não quer dizer muita coisa. Tem uns Personas que eu acho bem legais também, num geral os designs aqui são bem legais. E eu realmente gosto dos sprites também, eles são bem legais e as animações deles tem um puta charme único, são até que bem tosquinhas, com os bracinhos deles se mexendo freneticamente, é bem daora, admito. Também gosto bastante das imagens que acompanham o texto, não sei se nesse caso elas se classificariam como musgshots tho, mas enfim, tem umas que são puro outro, principalmente umas mais pra frente do jogo.

E eu queria mencionar isso mas não sabia onde encaixar exatamente, mas acho que aqui nessa parte dos gráficos é justo. Eu realmente gosto como as dungeons são em grande maioria lugares urbanos, prédios num geral. Sejam escolas, shoppings, lojas, boates e o que for, é bem interessante ver um jogo com tantos elementos surrealistas tomar essa abordagem, acho que realmente vende a ideia de que tem coisas MUITO estranhas a todo canto nessa cidade.

Bem, eu realmente não tenho nada mais a comentar sobre os gráficos, já que não chamou a minha atenção a ponto de eu conseguir relatar o que eu acho propriamente, ou talvez eu só seja chato mesmo. Mas de qualquer modo, isso não quer dizer que sejam painfully average ou algo assim, os gráficos são bem feitos e tudo mais, só acho que eles não se destacam, diferente dos outros departamentos(apesar da gameplay ter uns memes ela chamou bem mais a minha atenção num geral). E bem, é isso.

PUTA QUE PARIU MEU IRMÃO

Bem, você deve estar se perguntando do porque eu deixei a história por último, e eu vou botar o pau na mesa e dizer logo: Se eu colocasse isso no início, não daria pra falar de tudo que eu quero, porque eu teria que ou não falar spoiler algum(o que eu não quero) ou eu ia ter que censurar uma parte gigantesca do texto, mas relaxa, antes de eu começar a falar de spoilers, eu vou concluir o post ali pra quem não jogou, aí quem jogou(ou quem não liga pra spoilers) pode simplesmente continuar lendo. Aight?

Esse jogo começa de forma bem simples, basicamente tem coisas bem bizarras acontecendo em Sumaru City, envolvendo um jogo aí chamado The Joker Game, que é basicamente um jogo que você joga e summona um cara chamado Joker, esse que realiza os seus sonhos contanto que você fale rápido o suficiente, se você demorar demais ele assume que você não tem um sonho, e com isso ele livra você desse fardo de viver sem um sonho te transformando num shadowman(sem piada de Mega Man 3 aqui pq tô com sono) fazendo você praticamente ficar vegetando e fazendo com que as pessoas simplesmente esqueçam da sua existência, como se você nunca tivesse existido pra começo de conversa. E eu admito que esse simbolismo é bem legal, já que de fato as figuras mais memoráveis na nossa história seguiam um sonho, um ideal, independente de ser algo bom ou ruim. E esse jogo tem BASTANTE coisa assim pela história, o que eu definitivamente vejo como algo bom.

Algo que vale a pena citar é que o jogo tem bastante foreshadowing, e é bem surpreendente que muitos deles vem de NPCs aleatórios.

Enfim, os protags se encontram numa situação onde eles e uns personagens secundários amigos do Michel(um dos protags) resolvem jogar, e da merda. Os amigos do Michel não reagem rápido o suficiente e se tornam shadowmans. Mas antes que o Joker fizesse o mesmo com os protags ele diz que tava esperando esse dia onde ele finalmente ia ser invocado por eles e assim poderia se vingar por uma certa coisa que eles fizeram no passado, mas aí eles não entendem porra nenhuma porque eles não lembram, e então o Joker poupa eles ali já que não tem sentido em se vingar se eles não se lembram, e obviamente a crew fica muito puta, por uma certa razão eles se lembram dos colegas que viraram shadowmans, e todos resolvem partir pra se vingar do Joker e desvendarem esse dito pecado que eles cometeram, esse pecado inocente.

E então eles são contactados pelo Philemon, que é uma entidade foda aí, e ele aconselha a crew ir atrás do Joker, o motivo dele não fazer isso por si só é um mistério nessa etapa do jogo. Philemon também diz que o caminho que eles vão trilhar vai ser bem fudido, já que a cidade onde o jogo se passa, Sumaru City, virou uma Terra onde rumores se tornam realidade. Sim, rumores. Você não tá interpretando errado ao imaginar qualquer fofoca que você ouviu por aí agora, realmente qualquer tipo de rumor ou fofoca se torna realidade nessa cidade contanto que haja repercussão suficiente. Se eu dissesse que o Fulano é bom em futebol, e esse rumor tivesse uma boa repercussão a ponto da escola inteira saber, isso iria se tornar realidade. E isso pavimenta o caminho pra um storytelling BEM bizarro, e com uns usos MUITO inteligentes disso, é um plot point bem mais interessante do que parece, e que realmente torna as coisas engajantes eventualmente, já que certas teorias de conspiração entram em jogo.

É uma história com uma premissa bem legal, mas o que mais vende ela pra maioria das pessoas no início, são os personagens. Como eu disse na parte de gameplay, ela tem uns personagens com uma química bem daora, e a relação deles vai evoluindo como resultado deles evoluindo como pessoas e fortalecendo a amizade. Sério, é muito bom você pegar a descrição não só dos personagens no início do jogo, como a da relação deles, e comparar com o resultado final, é algo bem satisfatório, e essa mudança acontece de uma forma bem natural, tanto que é capaz de algo ali mudar e você sequer perceber de primeira. Os personagens tem uns conflitos bem daoras, que podem fazer com que os mesmos consigam se conectar e compreender outros personagens. Eu acho bem daora como por exemplo a Yukino que é uma adulta que se junta sua party mais pra frente acaba se preocupando bastante com a Anna que é uma adolescente bem ignorante e cuzona que você conhece no início do jogo, a Yukino afirma se preocupar tanto com ela justamente porque a mesma era assim antigamente. E Maya que é a outra adulta da crew também tem um momento semelhante, mas ela da mais uma bronca de mãe numa certa personagem mesmo. E ela age dessa forma porque ela é essencialmente uma irmã mais velha pra todos os adolescentes da crew, sempre aconselhando eles e demonstrando o puta coração de mãe que ela tem. E olha que isso é só pra exemplificar algumas dessas instâncias.

Eu também gosto BASTANTE da caracterização deles, sério, coisas como os signos ou as arcanas deles tem uma parte bem fundamental na criação deles, são detalhes muito bons, que complementam bastante a história. E eu também gosto como esse jogo realmente não tem medo de expor os defeitos de cada um deles também, uma certa revelação envolvendo a Ginko era algo que eu realmente não tava esperando.

Eu sinceramente nem consigo escolher um personagem favorito definitivo nesse cast, até a Yukino(que é a com menos conteúdo aqui já que ela não teve tanto foco nesse jogo por já ter um certo foco em Persona 1) caiu no meu gosto justamente porque eu aprecio bastante todos os protagonistas como um grupo, de forma independente eles são bons também, mas é muito difícil de avaliar eles separadamente, justamente porque é como se você tivesse avaliando uma peça isolada de um quebra-cabeça ao invés da imagem que ele forma.

De início a galera é bem motivada a pegar o Joker e fuder com ele, principalmente o Michel, e eu acho isso bem daora porque chega um momento em que a motivação deles realmente me inspirou pra continuar jogando o jogo, ver os personagens cultivando motivação entre si é muito bom, e chegou uma parte onde o grupo tava com uma postura confiante bem fudida, e por consequência eu fui motivado a continuar jogando só pra ver um "pouco" mais adiante na história, sem zoa, eu fiz umas três dungeons seguidas nessa etapa.

Existem certos momentos onde os personagens crescem tanto de forma independente quanto de forma interdependente, e eu aprecio bastante ambos os cenários. E eu realmente gosto de ver a dinâmica deles mudando de acordo com esses eventos e de decisões que você toma no gameplay, mesmo que o segundo citado não aconteça tão frequentemente assim, é algo bem daora.

E eu não sinto como se essa dinâmica toda fosse forçada, eu acho que os diálogos são bem naturais, a única instância em que eu achei forçado eventualmente teve uma explicação, que é uma certa frase da Maya no início do jogo. Esse jogo realmente não força a barra, uma coisa que eu normalmente não gosto é quando uma obra tenta envolver filosofia simplesmente por envolver e parecer cult, mas graças a Deus esse jogo não faz isso. Talvez eu tenha explicado de alguma forma que pareça, mas eu posso garantir que tudo que eu disser é mais bem trabalhado do que parece. O fundamento das coisas que tão nesse jogo é bem surreal, diversas mitologias, astrologia, tarologia, filosofia, e evidentemente, fatos reais. Tudo isso sendo encaixado de forma surpreendentemente plausível.

E bem, agora chegou a parte com spoilers então vou fazer o encerramento fake do post aqui. Persona 2 é um jogo bem daora, porém eu não sei se todos gostariam de jogar, devido aos memes que tem nas dungeons, mas fora isso eu amei o jogo, e imagino que qualquer um tenha potencial pra isso também, se você quer uma história massa, joga, é uma história que aborda uns temas bem daoras em relação a humanidade, e que pra ser sincero você precisa ter um QI muito alto pra entender... Copypasta besta a parte, é algo que se você não dedicar a atenção necessária você pode acabar perdendo uns detalhes.  Se você se sentir merda jogando, tudo bem. Existem Let's Plays pra isso, porém eu já aviso previamente que assistir essa história muito provavelmente vai compremeter bastante a sua experiência com ela, então é pegar ou largar, se você REALMENTE quiser experienciar isso, repense, da um tempo e volta a jogar eventualmente, porque eu imagino que essa história tem bastante potencial pra te agradar. E se não agradar aí fudeu, e é culpa minha você ter se frustrado, mas não tem como ganhar todas. Enfim, eu sou o Otenko e até mais.


Continuando o post, agora com spoilers! O.o

Lá pra metade do jogo, o dito sonho recorrente que ambos Michel e Ginko tinham mencionado antes, levam eles pro Mt Iwato, a montanha com fontes que desbloqueiam memórias. Lá a crew descobre que todos se conheciam antes, que fizeram merda prendendo a Big Sis deles num templo e os caralhos, resultando na morte dela. Além da confirmação de que o Jun se tornou o Joker. Que era um plot twist que eu vi a quilómetros simplesmente batendo o olho no design dele, mas é ok porque é bem construído de qualquer forma.
Mas aí, vem o twist de que a Maya era a big sis, e olha, isso foi MUITO bem feito. Durante a montanha a gente via o fantasma dessa garota, e justamente por causa disso eu desconsiderei completamente a possibilidade dela ser a Maya, mas na verdade era uma um fantasma criado a partir dos rumores que diziam que a Maya de fato havia morrido naquele dia, e isso é sinceramente genial. O jogo criou uma distração muito boa, esse plot point dos rumores é muito bem utilizado. E eu acho foda como o jogo segue sendo extremamente depressivo a partir de agora, todos os personagens se sentem extremamente culpados por cometerem tal pecado, até a Yukino que não tinha nada a ver com isso se sente merda pra caralho. Tem uma parte em específica que eu gosto bastante, que é essa aqui:



O próprio Michel mal consegue fazer as piadas que ele sempre faz, ele se sente mal com isso, ele realmente se sente cuzão por não tratar essa situação com a devida seriedade. E isso mostra bastante o quão pesadão o clima tá nessa hora.

E eu gostei bastante como o plot point dos rumores foi feito de forma foda a ponto de incluir teorias de conspiração, e com isso fazendo com que as teorias de que Hitler estava vivo se concretizassem, é algo bem daora.

Mas bem, em Caracol a crew derrota o Joker e salva o Jun, e aí o Hitler e o pai do Jun se tornam os novos antagonistas. E então a crew, agora com o Jun partem pra salvar Sumaru, agora que a Xibalba emergiu.

E cara, essa parte é muito hype, pra ser sincero. O Jun voltando e dando as flores pras crianças, simbolizando esperança, com a OST foda alegre de fundo, todo mundo tá mais determinado do que nunca, eles peitaram o fucking Joker, o cara que meteu a surra neles antes, depois deles ficarem tão fortes e confiantes assim, é realmente difícil não imaginar que isso vai dar bom no final. Eles embarcaram na corrida pra pegar as Crystal Skulls no meio da troca de fogo dos nazistas e do Masked Circle e foda se.

O Philemon desbloqueia os Ultimate Personas, marcando mais um ponto importante no desenvolvimento de cada um deles, o Michel e a Ginko voltam a fazer palhaçada e tudo mais. As dungeons pós a emersão da Xibalba são bem curtinhas, a galera pega as Skulls e enfrenta as shadows sem muitos problemas também. E eu acho bem legal essa parte das shadows, a crew fica muito de boa com o fato das sombras sempre habitarem o coração deles, já que de qualquer forma, eles evoluíram e amadureceram de qualquer modo, e é isso que importa, né?

Ninguém pode extinguir as sombras que habitam no seu coração, mas há sempre a opção de melhorar como uma pessoa.

E bem, com isso, chega a etapa da Xibalba em si, os nazistas tão usando a pedra lá que fica atrás da Sevens como portal, e eu acho muito foda como os nazistas tão atacando a Sevens, voltar pra lá nessa etapa do jogo era algo que eu não esperava, até que aí, me vem um aluno dizendo que os nazistas tão mantendo os alunos de reféns nas salas, eu pensei que eu teria que percorrer a Sevens de novo como uma dungeon mais avançada mas quando eu entro na sala eu me deparo com o Principal Hanya, metendo a porrada nos nazistas e dizendo pra mim ir pra Xibalba, já que ele tá protegendo a escola.

Eu ri pra caralho.

MANO, o Principal Hanya foi o primeiro boss do jogo, a crew lutou contra ele na torre do relógio da escola, eventualmente ele pulou de lá e sumiu. Porém, uma aluna chegou ali pouco tempo depois me perguntando o que aconteceu com o diretor, eu não queria dar a notícia de que o diretor da escola morreu, então eu só disse que ele deu um jeito de escapar. E eu fiz isso na maior inocência, e agora, na etapa final do jogo, os rumores de que ele escapou trouxeram ele de volta a vida, e ele me ajudou, sério, isso é muito foda.

E bem, e então vem a Xibalba, é uma dungeon com bastante coisa daora, tem momentos engraçados como a luta contra o pai do Michel, uns flashbacks bem interessantes da infância do Jun, a luta contra os maias, e o poema foda da Maya. Tudo esporadicamente já que essa dungeon é bem grandinha.

E eu tava bem determinado a fuder o Hitler de vez depois dessa, e então, a crew chegou, fuderam o Hitler, e aí vem a merda.

Isso tudo era um "testezinho", uma aposta entre o Philemon e o Nyarlathotep.

Todos os eventos do jogo foram manipulados desde o começo pelo Nyarlathotep, as vozes na cabeça do King Leo eram na verdade o Nyarlathotep plantando as sementes, fazendo com que o King Leo escrevesse o Oracle of Maia, e aí a Mr Ideal anotou essa porra e nomeasse de In Lak'ech, e de fato aquilo era tudo falso até a maldição de Sumaru City fazer com que a profecia se tornasse verdade. O Nyarlathotep que manipulou as memórias de todos os protagonistas pra que o Joker surgisse e service como uma marionete. Tudo tinha sido orquestrado em prol dessa aposta, a aposta que iria nos mostrar se a humanidade de fato iria se destruir ou não, e bem, ele ganhou.
A crew sofreu muito ao longo disso tudo, amadureceram bastante e passaram por vários desafios dando suporte uns aos outros, assim como estavam confiantes de que iriam derrotar o Hitler. Mas o Hitler que a gente luta no fim era o Nyarlathotep, que também tava disfarçado do pai do Jun, e a crew nem derrota ele de fato, ele simplesmente decide parar de lutar. A crew nunca teve o poder pra derrotar ele, e nunca vai ter, as Crystal Skulls eram inúteis, a crew nunca esteve no controle dessa situação, e pra fuder ainda mais o Nyarlathotep mata a Maya na frente de todo mundo simplesmente porque ele pode, com isso a última parte da profecia é concretizada e o mundo vai pra merda.

"A crew fica muito de boa com o fato das sombras sempre habitarem o coração deles, já que de qualquer forma, eles evoluíram e amadureceram de qualquer modo, e é isso que importa né?"

Bem, isso é muito valioso de fato, mas numa visão geral, não.

Enquanto houver esse resquício de sombras no coração de qualquer humano, o Nyarlathotep nunca vai deixar de existir. Essas ditas sombras de cada ser humano levou o mundo a destruição, o Jun agiu como Joker cegado por um ideal bem besta, ele simplesmente queria realizar os sonhos de todo mundo, sem se importar muito com nada. As pessoas optaram por jogar o jogo dele, e entrar no Masked Circle simplesmente porque elas queriam atingir os seus objetivos sem esforço algum, sem realmente trabalhar porra nenhuma. A Ms Ideal escrevia aquelas teorias conspiratórias estúpidas, apesar dela ser uma professora de história ela simplesmente apostou em espalhar mentiras, não estudando corretamente sobre a verdade, mas sim negando ela inteiramente. Pessoas como ela trouxeram Hitler de volta a vida(era o Nyarlathotep, mas ele aproveitou esse rumor em específico pra se inserir no lugar do Hitler), e embora muitas pessoas nessa história inteira sejam de fato inocentes, elas ainda cometeram uns certos pecados que se acumularam e serviram pra nos mostrar o que o pior lado da humanidade pode acarretar. Não é todo mundo que é como os protags, não é todo mundo que simplesmente encara as shadows e constantemente se fortalece.

No momento em que tal poder foi concedido à humanidade, a humanidade se destruiu, teve o empurrãozinho do Nyarlathotep, mas foi justamente pra servir o que ele disse, de que a humanidade simplesmente precisava de líderes pra acreditar cegamente.

A morte da Maya aconteceu e Xibalba foi ativada, o mundo ficou em ruínas, tudo assim, muito fácil. E então o Philemon vem com uma solução, o único jeito de consertar isso, é se todo mundo apagar aquele dia em que se conheceram, assim evitando o incêndio no templo e impedindo que o King Leo descesse mais ainda à insanidade, impossibilitando essa merda toda de ter escalado.

Eles fazem isso, todos se despedem tentando o melhor possível pra conseguirem se lembrar disso tudo, é uma cena bem foda, depois de tanto tempo vendo eles crescendo juntos, chega a hora deles sacrificarem essa experiência pelo bem de todo o mundo. E depois que todos se vão só te resta duas opções: Agradecer o Philemon ou socar ele.

Eu soquei ele.

Eu tenho plena consciência de que ele apenas seguiu o acordo de não interferir muito, e que como uma entidade de fato superior ele não deveria se importar com isso. Assim como eu tenho plena noção de que isso foi o caminho que a própria humanidade trilhou. Mas isso tudo foi um puta soco no estômago, é bem difícil não se sentir bravo por ter sido manipulado o tempo inteiro, e por ter realmente se investir em algo que pra eles não passou de uma aposta. Eu realmente quis descontar nele ali na hora, eu me senti até mal depois, mas mesmo que a minha resposta a isso tudo tenha mudado eventualmente, eu ainda me sinto extremamente grato pela opção de socar ele nesse momento sequer existir.

E então o jogo acaba, todos vivem as suas vidas separadamente. A Ginko sempre manteve a amizade com as amigas e todas treinam no karaoke pra se tornarem pop stars de forma legítima ao invés de dependerem do Masked Circle. O Michel tá feliz com todos os amigos dele e a Myabi, e inclusive considera a possibilidade de ir falar com o Tatsuya pra recrutar ele pra banda, sem raptar e ameaçar ninguém dessa vez. O Jun tem uma vida legítima com os parentes que agora estão juntos, e decide se tornar um professor, uma figura que guia as pessoas em direção aos seus sonhos de forma honesta e correta(na maior parte dos casos) ao invés de entregar tudo de graça igual ele fazia quando era o Joker. A Yukino consegue viver de boa com o amor dela ainda presente. O Tatsuya pode começar a conversa com a Ms Saeko novamente, e dessa vez você tem uma outra chance de traçar o caminho dele em direção a um sonho. E a Maya tá viva, espalhando a sua positividade por aí. E então, todos se encontram na rua, a Maya se esbarra no Tatsuya, e toca um remix lindo de Reminiscence.

Toda essa jornada, toda essa história de como todos eles amadureceram juntos não aconteceu. Todo aquele build up pra salvar o mundo só serviu pro jogador quebrar mais a cara diante daquela descoberta. E no final eu não sei dizer se me senti feliz ou triste, podia ter acabado de forma muito pior, mas também podia ter acabado de forma muito melhor, foi um final bem azedo, porém eu acredito que foi o final perfeito, eu fiquei confuso em relação a como eu deveria me sentir, e sinceramente, eu amei isso.

Eu realmente nunca fui muito de chorar com mídia, ou de chorar num geral, mas bem, eu derramei uma lágrima de tristeza mas também acabei esboçando um sorriso depois. E pra ser honesto eu fico bem feliz com isso, isso foi uma experiência bem foda, então é, Persona 2 é uma mitada absoluta. Bem, eu sou o Otenko, e agora sim, té mais.
















2 comentários:

  1. Zerei esse jogo ano passado e apesar de ter achado a gameplay no geral bem entediante e repetitiva(tanto pelos motivos que você citou no post quanto por outros), eu tenho que dar o braço a torcer para a narrativa, não só o conceito de "boatos se tornando realidade" é interessante mas também como usam isso para fazer coisas malucas durante a historia. Os personagens principais também são bem cativantes, ver eles interagindo uns com os outros enquanto tentam convencer os inimigos era a coisa que eu mais gostava de fazer, o fato de que essa interações mudam conforme a historia avança é bem legal também, hell até o Tatsuya que não fala nada durante o jogo todo tem muito mais carisma que outros personagens que eu já vi por aí.
    No geral, posso dizer que só cheguei no final pelo meu interesse na historia e nos personagens, para mim o sistema de batalha é bem entediante mesmo com as fusions spells (O conceito delas é interessante mas mal executado ao meu ver), as únicas batalhas que eu realmente gostei foram as contra os bosses, mas fora essas eu tentei evitar o combate ao máximo. Como você mesmo disse as dungeons são um inferno e o fato que você vai estar entrando em batalhas contra inimigos a cada 10 passos também não ajuda, não existe nada mais irritante do que estar andando tentando descobrir aonde tem que ir pra do nada PAW random battle.
    Anyway, acho que já deu pra ver o que eu acho desse jogo, eu podia falar mais coisa mas não quero me alongar muito, gostei bastante do post e ter escrito tudo isso deve ter dado um trabalho dos infernos então eu pensei em deixar meu comentário aqui pra mostrar que me importo.

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    1. Só vi isso agora que fui dar uma checada nesse post. Eu acho que fiquei mais de boa justamente por ser mais paciente mesmo. E valeu por ter lido esse treco, não é todo mundo que lê análises grandes em blogs aleatórios'

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