Blaster Master Zero merece a sua atenção

Sabe, a Sunsoft é uma desenvolvedora estranha, parece que quase ninguém fala dela hoje em dia ou sequer conhece muito dela (mesmo que você provavelmente já tenha jogado algum jogo dela sem nem se dar conta), ela já fez muitos jogos bizarros e a maioria obscuros, e aparentemente tá meio parada desde 2010. Mas eu não estou aqui pra falar da Sunsoft como empresa, n-n-não, estou aqui pra falar de outra coisa bagunçada dessa desenvolvedora bagunçada, como já deve ter dado pra perceber, esse texto é sobre Blaster Master, mais especificamente a série Zero, mas não agora, primeiro eu quero apresentar essa franquia e falar o que diabos é Blaster Master, e porque é tão interessante.
Eu aposto que boa parte de vocês sabe o que é Blaster Master, o primeiro jogo no caso, o de NES, que parece ser o único jogo dessa franquia que todo mundo conhecia até o primeiro jogo da série Zero ser lançado. Então, Blaster Master de NES até pouco tempo era realmente o coração dessa franquia, e eu não julgo ninguém por não conhecer os outros jogos, mas tem alguns, pra ser exata, ela tem mais...5. E eu quero falar um pouquinho deles:

Que porra de logo é essa...

Blaster Master 2 é um jogo que saiu para o Mega Drive, ou SEGA Genesis se preferir, e resumidamente, ele é uma bosta, mas tem motivos pra isso. Esse jogo foi extremamente rushado, e nem ao menos teve uma pré-produção, e quer saber mais? Ele não foi nem lançado no Japão, e nem ao menos desenvolvido pela Sunsoft (Mas foi distribuído pela Sunsoft of America), e segundo boatos que eu ouvi, o povo do japão nem ao menos ficaram sabendo que esse jogo tinha sido feito. O contexto disso claro, é que o jogo original de NES fez um sucesso absurdo no ocidente, mas no japão ele foi meio que completamente ignorado e flopou bem feio (eu vou falar mais sobre a versão japonesa depois.) Ok mas por que ele é uma bosta? O jogo tem controles ruins e pesados, um level design meia boca e as vezes confuso (não que o original não tivesse isso também), e uma OST de doer os ouvidos, por esse e outros motivos, esse jogo é ignorado por quase todos os..10 fãs dessa franquia? Brincadeiras a parte, sim, é bem ignorado, mas, esse jogo ainda era canônico, e já que eu toquei nesse assunto de canon...

Isso que vocês estão vendo, "Worlds of Power: Blaster Master" é uma novel escrita por um americano maluco, na realidade, "Worlds of Power" era uma série de novelizações de jogos que faziam sucesso na época, e o de Blaster Master foi o primeiro dessa série a ser lançado. Tá, ok, e dai? Dai que, esse livro por incrível que pareça é muito importante para a franquia, mas o fato de isso ser importante é um tanto quanto bizarro.. Resumidamente, a pessoa que escreveu esse livro simplesmente tirou muita coisa do cu sem muita base, no máximo, leu o manual do jogo original. O cara criou personagens como a Eve e deu um pouco mais de vida pra o universo daquele jogo, e expandiu bastante coisa, mas de novo..Sem base nenhuma, isso no fim das contas é só um livro que uma pessoa escreveu criando uma historia pra um jogo que praticamente não tinha historia (Isso na versão americana). TÁ, MAS POR QUE ISSO É IMPORTANTE? Porque a própria Sunsoft canonizou essa novel, não só isso, como todos os jogos seguintes dessa franquia, com exceção do ultimo, seguiram o canon dessa novel! Me diz, quem diabos faz esse tipo de coisa? Canonizar um material tão qualquer coisa assim e fazer seus próximos jogos serem sequencia dessa novel, é no minimo muito incomum. Mas não se preocupem, essa franquia só fica mais bagunçada ainda! Vale ressaltar que essa Worlds of Power e a pessoa que escreveu essa novel não tinham ligação nenhuma com a Sunsoft até onde eu sei.
Ah, e sobre a novel em si, honestamente ela é até legal, se tiverem interesse eu sugiro que deem uma olhada nela, tem um vídeo de 2 horas no youtube narrando a novel inteira, então se quiserem, tá ai.

Essa coisa que vocês estão vendo, é Blaster Master Boy/Blaster Master Jr. lançado no Game Boy, exceto que, não é Blaster Master..Acontece que esse jogo foi distribuído no ocidente como sendo um spin-off de Blaster Master, mas ele não é, ele é literalmente um spin-off de Bomberman no japão. Sabe o que eu disse sobre os jogos seguintes seguirem o canon da novel? Ignora esse aqui..se é que ele tem historia.

Já esse aqui, é de fato um titulo genuíno de Blaster Master e desenvolvido pela Sunsoft, e ele segue o canon da novel. E bem, esse jogo..é onde um problema nessa franquia começa a ficar evidente, o jogo em si é (como jogo) uma reimaginação do primeiro jogo de NES, e eu vou deixar pra dizer o porque disso ser um problema mais pra frente. Sobre o jogo em si? A primeira vista parece um port, mas não é, e bem, até onde eu vi, esse jogo é bem meh, tem um level design confuso, e a tela do gameboy color não foi uma pedida pra os sprites meio grandinhos desse jogo, e aparentemente é tão difícil quanto o jogo de NES. Continuando..

Olha só, finalmente..um jogo bom! Sim, isso mesmo, Blaster Master: Blasting Again para PS1 é o primeiro e único jogo 3D da série, eu não cheguei a zerar ele, mas até onde eu joguei, esse jogo é muito divertido, e achei que controla super bem, é uma transição quase perfeita da gameplay 2D para o 3D. Em termos de historia, esse é o ultimo jogo da série a seguir o canon daquela novel, ele se passa um tempo no futuro, com os protagonistas sendo os filhos do Jason (Não havia citado o nome dele até agora huh, mas ele é o protagonista de todos os jogos que eu citei anteriormente ignorem o Boy/Jr.  e inclusive da novel) com a Eve, que foi criada naquela novel como eu falei. E esse jogo também foi feito pela Sunsoft só pra deixar claro, mas uma outra empresa, chamada Crave Entretainment que distribuiu o jogo, por algum motivo, que eu não pesquisei o suficiente pra saber.
Mas então, uma coisa a se ressaltar é que..Blasting Again, até pouco tempo atrás, era o jogo mais único dessa franquia. Mas de novo, vou desenvolver melhor isso daqui a pouco..

Apenas para não deixar passar, ainda no PS1, dessa vez apenas no japão, o jogo original foi portado numa compilação de jogos da Sunsoft, e até onde eu sei, é um port bem meia boca, sendo o maior defeito a emulação péssima do som.

Agora sim, chegamos ao último jogo lançado dessa franquia até pouco tempo atrás. Blaster Master Overdrive:

E esse jogo é...!! Outra reimaginação do jogo original. Entendem o problema que eu falei agora? Blaster Master, essa franquia como um todo, se sustentou MUITO na nostalgia do jogo de NES no decorrer dos anos, Blaster Master 2 não conta porque é quebrado e nem foi a Sunsoft que fez, Blaster Master Boy/Jr. nem ao menos é um jogo de Blaster Master, e bem, Blasting Again conta, e era o único jogo mais original de fato. O que sobra? Blaster Master de NES, Blaster Master Enemy Bellow, Blaster Master Overdrive, ports do jogo original e relançamentos de virtual console. Entendem? Ao decorrer dos anos de existência dessa franquia ela quase nunca tentou coisas novas, quase tudo que lançou depois era só uma sombra do jogo original de 1988, parece até uma obsessão.
Mas bem, sobre o jogo em si..No seu próprio crédito, ele até tentou rebootar a franquia, mas por diversos motivos falhou miseravelmente como um jogo, sound design péssimo, level design meia boca, controles não tão fluidos, que..isso é bem parecido com os problemas do Blaster Master 2, huh, mas não é só isso, esse jogo ainda por cima é abismalmente feio, parece um jogo com muito pouco orçamento, o que é até de se esperar de um jogo de WiiWare..

Então, é isso? NÃO! Eu propositalmente deixei pra falar do jogo original por último, então venham comigo dar uma olhada em Blaster Master de NES, e também na sua versão original de Famicom!

Fuck you Plutonium Boss

Blaster Master de NES huh..é um jogo que existe..! Ok falando sério agora, eu zerei o jogo original, e..sinceramente não envelheceu nada bem, eu consigo ver muitas qualidades nesse jogo, e ver o porque de ter tanta gente que sente carinho por ele, mas eu vou dizer, esse jogo não é bom. Ele tem muitas ideias boas, mas ele é injusto e nada intuitivo, senso de direção péssimo, level design duvidoso, e por ai vai.. Mas ele ainda tem muita coisa pra se dar créditos, por mais que eu diga que o senso de direção dele é péssimo, ainda acho que tá bem melhor que Metroid de NES por exemplo, os gráficos são muito bons pra época, os controles, físicas e movimentação são ótimos, e a soundtrack também é ótima. Num geral, é um jogo frustrante, e eu considero um jogo ruim, mas ainda da pra se divertir.
Ok mas..sobre o que é Blaster Master?? Bem, você controla um garoto chamado Jason que vai pro subterrâneo da Terra a procura do seu sapo de estimação Fred e lá encontra um Tank chamado SOPHIA-III e você entra no Tank e vai lutar contra mutantes que estão querendo destruir a Terra e ir resgatar seu sapo. É. Uma bosta de plot se me perguntar. Mas ao menos a Worlds of Power consegue fazer algumas coisas legais com isso..
Isso tudo, claro, na versão americana do jogo, porque na japonesa..

Caralho que box art linda vai se fuder

Este é Chô Wakusei Senki Metafight, ou só Metafight pra encurtar. Então..ehe..hehe..meio que, a versão japonesa de BM, é meio que, digamos, muito melhor escrita e com uma historia mil vezes mais interessante e diferente. A primeira olhada nessa box art, você deve ter pensado que esses dois são o Jason e a Eve, não? Bem, eu sim, mas na verdade são personagens totalmente diferentes, o garoto protagonista se chama Kane Gardner e a garota ali se chama Jennifer Cornet, SOPHIA-III não é um tank e fodase, ele é um Metal Attacker, ou simplesmente MA, e Kane é o seu MA-Pilot, (acredite em mim, essas coisas vão ser importantes), esse jogo nem ao menos se passa na Terra como na versão americana, eles vivem no Planeta Sophia, e então na NORA Science Academy localizada no Satélite NORA vizinho ao Planeta Sophia, foram criados o(s) MA(s) para resistir a ameaça Mutante Alienígena que estava invadindo o setor onde eles viviam e o Planeta Sophia. E a própria Jennifer que foi a designer do SOPHIA-III! Os mutantes destroem e conquistam planetas, e alguns sugam a energia dos planetas ao melhor estilo Lavos do Chrono Trigger.
(Pequena Correção: SOPHIA-III foi o nome dado apenas na versão americana do jogo, o nome do primeiro MA, que é o usado por Kane em Metafight, é simplesmente Metal Attacker. E os outros MA's só foram construídos depois dos eventos do jogo)
E bem, esse é basicamente o canon original da série, até vir a desgraça da versão americana e literalmente estragar tudo! Mas..será mesmo que ela estragou tudo?

Em meados de 2016 ou 2017 (Não lembro exatamente), eu estava vendo meu feed do Facebook como sempre, eu acabei me deparando com essa imagem postada pela página oficial da Inti Creates:

E eles estavam anunciando que estariam desenvolvendo um novo jogo da franquia Blaster Master, intitulado de Blaster Master Zero. Na época eu não tinha tanto conhecimento sobre essa franquia como eu tenho agora (como deve ter dado pra perceber um pouquinho), a única coisa que eu já tinha visto de Blaster Master na minha vida é que tinha personagem dessa franquia no Super Mario Bros.Crossover. Mas essa imagem, ficou na minha cabeça por muito tempo, ela é simplesmente perfeita, muito linda, e essa artwork sozinha me deu hype pro jogo mesmo eu nem sendo fã ou conhecendo a franquia, e porra, Inti Criates, quem me conhece pessoalmente sabe como os jogos dela me marcaram e são importantes na minha vida até hoje, Megaman Zero, ZX, Azure Striker Gunvolt,  tudo isso e mais um pouco, da pra confiar na Inti Creates, ela é uma das melhores indie developers de hoje em dia, e mesmo antes ela já tinha bastante crédito, é lógico que eu botei meu voto de confiança nisso.
Mas então, tempo vai, tempo vem, acabou que eu não dei bola pra esse jogo no fim das contas, quando lançou pra 3DS e Switch em 2017, eu só fiquei tipo "huh, lançou", e nem ao menos acompanhei nada sobre o jogo antes de ter lançado. E então em um dia de extremo tédio, eu baixei a demo desse jogo na eShop do 3DS, e....eu larguei rápido e nem dei uma chance de verdade, tinha achado o jogo meio lento demais e achei que não era pra mim, fingi que Blaster Master Zero não existia por um bom tempo. Mas então, em fevereiro desse ano (2019), bem no final do mês quase, eu dei um dinheiro pra minha namorada, e o que ela fez com esse dinheiro? Comprou Blaster Master Zero no Switch, e eu fiquei tipo "ahh, esse jogo, talvez eu dê uma chance pra ele depois", e ficou por isso mesmo, até que...Isso aconteceu. 

Quando esse jogo foi anunciado, E LANÇADO NO MESMO DIA DO ANÚNCIO, SEM AVISO PRÉVIO NEM NADA, eu explodi de hype, quando eu vi aquele trailer eu pensei "Eu quero jogar esse jogo.". E então, eu baixei o primeiro jogo, o que o minha namorada comprou, e eu nem sei dizer pra vocês como eu me senti estúpida por ter ignorado esse jogo por tanto tempo. Eu zerei o jogo, e foi uma experiencia simplesmente fantástica, foi uma das melhores experiencias que tive esse ano, Blaster Master Zero me pegou de jeito e não largou, fui surpreendida com um jogo incrível, ótima historia, ótimo level design, mapa super intuitivo e que da gosto de se explorar, trilha sonora muito boa, e por ai vai. Mas eu quero deixar pra falar de algo muito importante sobre esses 2 jogos daqui a pouco.
Dias depois minha namorada conseguiu comprar Blaster Master Zero 2, eu já tinha zerado e feito 100% no primeiro jogo, esse jogo é igualmente fantástico ao anterior, na verdade ele é melhor, por vários motivos diferentes, mas agora eu posso dizer que, todas as mecânicas novas foram ótimas adições, o jogo ficou bem mais desafiador que o primeiro, e num geral tudo que eu falei sobre o 1 vale pra o 2, e foi mais uma vez uma experiencia fantástica, e esse jogo em particular, me proporcionou um dos melhores finais que eu já vi em um vídeo game.

Mas então, é aqui onde eu falo sobre a tal coisa importante que eu citei antes, e também falo sobre algo pra fazer jús ao titulo do texto, vou falar, como Blaster Master Zero conseguiu com um tiro certeiro, consertar essa franquia e fazer ela dar passos gigantes no caminho certo.
Blaster Master Zero é...mais uma reimaginação do Blaster Master original, MAS! Isso não poderia ter sido feito de forma melhor! Para muitos, BMZ pode ser visto apenas como um reboot da franquia, e bem, ele é, de certa forma, mas tem bem mais que simplesmente isso. A história de BMZ1 se passa na Terra, com Jason sendo o protagonista e ele está indo atrás de um Sapo que ele chamou de Fred, familiar, não? Mas é ai que as coisas melhoram, esse jogo criou toda uma explicação para que o subsolo da Terra seja do jeito que é, os humanos viveram de baixo da Terra por muitos anos por conta que uma nova era do gelo na superfície, e no meio disso tudo, sem os humanos perceberem, os mutantes sorrateiramente se instalaram no planeta. Anos depois, quando a superfície já é mais uma vez habitável, conhecemos esse novo Jason, ele é um gênio cientista, e certo dia encontra uma criatura, um Sapo, mas ele não sabia o que era porque Sapos já haviam sido extintos, então ele levou a criatura para o laboratório dele para fazer algumas pesquisas, e botou na criatura o nome de Fred. Nisso, certo dia, Fred foge, mas como Jason não quer perder essa chance de estudar um ser nunca visto antes, ele decide ir atrás, e acaba seguindo o Fred até um portal que o levou até o subterrâneo e até a SOPHIA-III, que ele decide tentar usar para encontrar Fred. Sim, tem bastante similaridades com o lore americano da série, mas tá longe de acabar por ai. Depois de algum tempo, Jason acaba se encontrando com uma garota misteriosa, sim, é a Eve, e depois de um tempo, nós descobrimos que ela é uma droid que opera o SOPHIA-III, e que ela veio até a Terra com a missão de acabar com a ameaça Mutante que invadiu o planeta, e que em não muito tempo ia acabar destruindo tudo sem nenhum aviso prévio, não somente isso, mas também, a Eve veio do Planeta Sophia, e no final é nos revelado que a Eve é filha do Kane e da Jennifer?! Sim! Os protagonistas do Metafight!
Blaster Master Zero, é uma grande celebração a Blaster Master como um todo, pegando muitos elementos do lore americano e transformando em sua coisa própria, basicamente, BMZ é um reboot da parte americana dessa franquia, mas é uma continuação da versão japonesa, e isso é feito de uma forma muito bem executada.

BMZ / BM
BMZ / MF

 Acho que já deu pra ver que BMZ1 não foi qualquer coisa, e pode apostar nisso, esse jogo simplesmente salvou essa franquia de todas as formas possíveis. Mas então, o que BMZ2 fez?
Blaster Master Zero 2 simplesmente revolucionou essa franquia. Levou a ela a um outro nível, nível este que essa franquia sempre teve potencial.
Por X motivos, o Jason, a Eve, e claro, o Fred, pretendem ir até Planeta Sophia, sim, eles viajam pelo espaço. O espaço, quando eu penso nisso agora, simplesmente parece algo tão natural pra essa franquia, mas demorou 30 anos pra chegarmos nisso, mas não é simplesmente isso, essa ida ao espaço permite que muitas coisas novas e diferentes aconteçam. Lembram quando eu disse que Blasting Again era o jogo mais original dessa franquia? Pois é, BMZ2 chuta a bunda do Blasting Again com tanta força que ele queima no sol. Blaster Master Zero 2 é O jogo mais criativo e original dessa franquia inteira, ele acerta em praticamente tudo o que se propõe a fazer, os cenários desse jogo respiram criatividade, a cada planeta novo que você visita, você se depara com algo totalmente diferente e novo de todas as formas.
E sabe todo aquele papo de a SOPHIA-III ser um Metal Attacker? BMZ2, é o primeiro jogo nessa franquia inteira, que nos mostra outros MAs e outros MA-Pillots, novos personagens e outros tanks destruidores de mutantes. Tenham isso em mente, em 30 anos de franquia, a gente nunca viu NADA relacionado a MA que não fosse a SOPHIA-III ou qualquer outra versão, e a gente muito raramente já viu algum personagem que não fosse o próprio protagonista do jogo, que em boa parte era sempre o Jason antigo. Eu não sei se vocês conseguem perceber a grandiosidade disso, mas acreditem, isso é uma coisa grande, isso é do caralho, e isso é algo que é simplesmente natural, nada nisso é forçado, isso só nos faz pensar "É claro que tem outros MAs e outro pilotos em outros planetas!", e essas coisas só deixam a historia do jogo, e o universo da série melhor e mais rico, e esses personagens são todos muito carismáticos!

Eu acho que eu já provei o meu ponto aqui, BMZ tanto o 1 quanto 2, expande o universo da franquia, faz historias mais interessantes, estabelece o canon de uma forma muito boa (e não com a porra de uma novel americana nada haver com nada), e esses jogos são tão estilosos também, eu nem cheguei a falar disso, mas o artstyle da série Zero é simplesmente fantástico e lindo.

Então, por que eu acho que Blaster Master Zero merece a SUA atenção? Simples, são jogos de qualidade realmente muito alta e não decepcionam, esses jogos usam o potencial já muito desperdiçado dessa franquia quase esquecida, da vida nova a ela e a leva para o caminho certo BMZ literalmente conserta essa franquia.São jogos com apenas 10 horas de gameplay cada dependendo da forma que você joga, é o melhor da Inti Criates em ação mais uma vez, mostrando como ela evoluiu e continua a surpreender. E se você  quiser dar uma variada, os jogos tem personagens de DLC que mudam completamente a gameplay! Incluindo Gunvolt e Copen de Azure Striker Gunvolt, Shantae e o próprio Shovel Knight! Coisas assim que só deixam os jogos mais divertidos e com um fator replay muito bom. Além de tudo isso que eu falei, ainda por cima esses jogos fazem muitas referencias de vez em quando a coisas da franquia e também até mesmo a outras IPs da Sunsoft e da própria Inti (esses jogos tão CHEIOS de referencia a Gunvolt) 
Blaster Master Zero é uma série feita com muito amor e carinho, é de longe uma das melhores coisas que a Inti Creates já fez em toda a sua carreira

Em todos os trailers dos jogos, sempre é citado que são jogos com parceira entre a Inti Creates e a Sunsoft, mas já é de conhecimento geral de que quem produz e distribui os jogos é a Inti, e eu não achei nenhuma declaração na internet sobre o que a Sunsoft faz em BMZ.. Provavelmente só da a licensa da IP e coisas assim
De qualquer forma, a Inti Creates conseguiu transformar Blaster Master/Metafight em algo como se fosse dela própria, e eu realmente não consigo ver uma situação melhor pra essa franquia atualmente.

Mas..por que eu me importo tanto com Blaster Master? Eu não sei dizer, acho que simplesmente é uma franquia bem interessante de certa forma, foi até divertido conhecer ela a fundo, saber das bizarres, decisões duvidosas, e a bagunça que todo esse pacote é. Honestamente? Antes de BMZ, essa franquia era bem medíocre, os únicos jogos que eu recomendo do tempo Pré-Zero, são talvez o jogo original de NES, e o Blasting Again de PS1, claro, se você tiver muita paciência também. E eu até recomendo vocês darem uma olhada na Worlds of Power, que apesar de não ser mais canon, ainda é interessante de saber, pelo menos foi pra mim.
Mas quanto a série Zero, eu diria que ela veio pra ficar, e eu quero muito que tenha um terceiro jogo, e eu recomendo os dois jogos, pra todo mundo que leu até aqui, e espero que tenha gostado da leitura, botei bastante carinho nisso aqui, eu espero que eu tenha interessado alguém aqui a dar uma chance, e se você quiser, você pode comprar ambos Blaster Master Zero e Blaster Master Zero 2 na Steam, assim como no Nintendo Switch, e o primeiro jogo também está no 3DS, mas evite essa versão, ela roda a 30 fps enquanto que a de Switch e PC rodam a 60. E os requisitos dos dois jogos são um nada então esses jogos devem rodar bem até na sua batata. Agora a série inteira já está no PS4 e XBOX!

Essa série me pegou de surpresa, esses dois jogos se tornaram alguns dos meus jogos favoritos de todos os tempos, e são realmente muitos especiais pra mim. Eu não diria que eu sou fã de Blaster Master como um todo, mas de Blaster Master Zero? Pode me chamar a vontade de fangirl. Eu estou realmente muito feliz por essa série existir, e provavelmente sem o lore americano escroto, talvez não teríamos BMZ hoje em dia. Obrigada Inti Creates e Sunsoft.

E comprem Mega Man Zero/ZX Legacy Collection também!